Por: Júlio César Anjos
O sonho é o combustível que sustenta a engrenagem do realizar, um dínamo
às ações meramente ilustrativas ao cérebro, agente que alcança nas visões
prévias o usufruto da conquista de algo que realmente necessita, a substância
incorpórea torna corpórea, pois se concretiza pela massa do trabalho concluído.
As concepções altaneiras trás delírios, que são o aquecimento da mecanização
pela febre da cólera, a dificuldade em execução do arranjo que conceitua ser
impossível, mas que em primeiro momento era palpável aos entendimentos
racionais.
É o homem quem escolhe o sonho e não ao contrário, o flerte entre a idéia
fixa em mente, reflete o aspecto reluzente, que o indivíduo pode devanear, pois
o sonho nasce das idéias das pessoas, apesar de que sonhos de outros o faça
gerar – já que um filho é o sonho de pai e mãe. O certo é que homem vem
primeiro ao sonho, não há a dúvida entre o ovo e a galinha, o sonho é
secundário e o primata é primário.
Uma idéia precípua jogada de lado, no melhor estilo “deixa pra lá”, faz
do sonho natimorto, como se tivesse umbigo roxo, falece no ventre da
consciência, em que o medo aborta a missão. O pessimismo é o serial killer dos
sonhos, mata em série todas as idéias que poderiam vingar, asfixiando vigor de
boa saúde uma idéia que poderia maturar. Há também o infanticídio da fantasia,
o assassino é seletivo, em que algumas muitas idéias passam, mas algumas poucas
não vingam, e, às vezes, são justamente os sonhos mais sadios que morrem.
As piores consequências em destruir sonhos são aqueles provocados pelo
abandono de incapaz, são os sonhos que as pessoas desistem no meio do caminho.
O sonho é incapaz de se auto-sustentar, é insustentável pela natureza, não
consegue andar sozinho e precisa de um tutor, o dono do sonho, que até pode ser
repassada a realização, mas o sonho é, na maioria das vezes, personalíssimo.
Existe uma frase de efeito que diz: “O sonho que se sonha junto torna-se
realidade”. Nunca! Pois todo mundo sonha junto o fim da miséria, e até agora o
que mais se vê é gente miserável mundo afora. Existe o sonho do empreendedor,
que com a ajuda dos que não tem o mesmo sonho que o empresário, realiza-se o
sonho individual. Todo mundo pode sonhar junto e fracassar, pois o sonho mesmo
amparado, pode não eclodir, não vingar. O que se sabe é que se todo mundo sonha
junto, pode ser, na verdade, ilusão coletiva.
E falando em sonho que não vinga, os mais cansativos, penosos, pesados,
frustrados são os que morrem no fim ou nunca são concretizados, mesmo com a
teimosia do dono do sonho. E tal ato forçoso cria-se problemas, pois o sonho
pode não ser o esperado para todos. Há outra frase de efeito propulsora de
inspiração a sonhos e idéias: “O pessimista vê dificuldade em cada
oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade“. E a crise é
quando o pessimista estava certo, ora pois...
O que são as crises se não as teimosias de sonhadores frustrados?
Há também os sonhos que os outros impedem que se realize. Hitler sonhava
com uma raça ariana, mas os oponentes não o deixaram realizar tal sonho. Há muito sonho bárbaro na sociedade, o sonho
não é monopólio bem/bom, há sonho bem feinho por aí, sonhos são plurais, muitos
diferentes um dos outros. Alguns sonhos são melhores não se realizarem.
Ao que tudo indica, só resta cantar: “Os sonhos mais lindos, sonhei/De
quimeras mil, um castelo ergui/E no teu olhar, tonto de emoção/Com sofreguidão,
mil venturas previ”.
O trabalho Os sonhos e as suas conclusões de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.
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