Por: Júlio César Anjos
Mais de 180 países fazem parte da ONU. Se levar a cabo que há países que
não integram as Nações Unidas, então, por baixo, dá para dizer que o globo
terrestre possui mais de 200 países. Esses países, diariamente, possuem
Organizações Não Governamentais, como, por exemplo, movimentos a favor de
salvar a África da miséria, como se fossem os Neo Deuses do mundo atual.
Só no Brasil, há pelo menos uma dezena de ONGs que prometem salvar a miséria
africana, sem falar nos outros países membros da ONU, o que mostra
quantitativamente que, pelos números, o montante arrecadado pelas intituições
faria a África não só sair da Miséria como faria a região tornar-se emergente.
Mas por que a África continua miserável? Simples: muito dinheiro é desviado.
Trabalhar na carência nunca foi o meu forte, não tenho estômago para
atuar em uma área que talvez fracasse por causa do sistema e não por causa da
eficiência do meu trabalho. Se eu prometer que tirarei pessoas da pobreza, eu
teria que cumprir. Não cumprindo, eu me sentiria um lixo total, pois o que as
ferramentas que julgo boas para realizar tal serviço, além da minha vontade de
fazer dar certo, criariam uma expectativa muito forte e a frustração de um
fracasso mostraria que eu estaria errado em muitas idéias. Muitas pessoas
propõem o fim da pobreza, mas nas metrópoles a favelização toma conta das cidades
com o nome de conurbação. Muita gente está vendendo idéia e realizando só expectativa
possível, é um estelionato conceitual.
Agora vem a eleição, aparecem mágicos de todas as formas, pessoas que garantem
a você que a região melhorará pelo simples fato do candidato ter a fórmula mágica,
a poção que tornará o sonho em
realidade. E nesse contexto, para chamar a atenção do povo e
criar dramatização, os mágicos utilizam a exploração da pobreza, o reality Show
do horário gratuito, culpa o prefeito que a favelização é fruto da má gestão do
atual comandante somente, criando um problema em uma ponta e vendendo solução em outra. Neste momento,
o candidato mostrará mendigos dormindo no banco da praça, o que sugere que
acabará com tal problema.
Mas como que o mago candidato acabará com algo que existe até em países
desenvolvidos do mundo? Sim, há mendigo até em Manhattan, um dos lugares mais
ricos do planeta. Veja bem, o candidato a prefeito quer acabar com mendigos em
uma cidade de um país subdesenvolvido, mesmo sabendo que há mendigos até em países
economicamente mais ricos que o Brasil. O cabra é bom mesmo, votarei nele [ironia].
Sabe por que Ratinho Junior não acabará com mendigos em Curitiba?
Simplesmente porque Curitiba não é uma ilha isolada do mundo e muito menos está
em outro planeta. Sinto dizer, candidato a prefeito, Curitiba está no
subdesenvolvido Brasil, e, mesmo que acabe momentaneamente com todos os
mendigos em um dia, no outro dia apareceriam mendigos de outros lugares vivendo
nos bancos das praças. Muitas situações um prefeito fica limitado pelos
resultados do governo federal, se o país não se desenvolve como um todo,
certamente Curitiba tenderá a ir junto com a correnteza.
Neste instante, todos os oposicionistas estão utilizando da carência para
tentar vencer a eleição, colocando culpa da mazela social nas costas dos atuais
prefeitos, mostrando que são magos e farão a mudança necessária. Se todos
vencerem e implantarem o que estão prometendo, você leitor, acredita mesmo que
acabaria com os mendigos no Brasil? Lógico que não, é o mesmo conceito do "salve a África", tal medida é um blefe, é se
utilizar e trabalhar em cima da carência, uma covardia da pior natureza, só
gente sem um pingo de vergonha na cara, ou inocência resultante à ingenuidade
faria uma coisa dessas, prometer o que não pode cumprir, pelo simples fato de
serem impotentes em muitas questões, como essas tais situações que são mais voltadas à esfera
federal.
Ratinho Junior, se eleito for, promete acabar com os mendigos da cidade.
Ainda bem que não se elegerá, pois o blefe é forte e cutuca na pior parte do
eleitor: a dó. Em países em que o político é a elite dominante, o caos social
se propaga como uma faísca em um palheiro, mas as pessoas continuam culpar o
produtivo, os chamando de porco capitalista. O inimigo sempre foi/é/será o político
e/ou os beneficiados deles, as ONGs e afins. Essa é a verdade, custe o que custar.
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