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Privataria tucana ou “privêteria” petralha?



Por: Júlio César Anjos

Os esquerdopatas falaciosos proclamam aos cantos que o PSDB fez uma privataria, como se fosse uma pirataria da privatização. Bom, o argumento é raso, falho, enganador, manipulador, sem coerência e cheio de bobagens, o PSDB fez o certo, e apenas o certo. Já o PT faz o verdadeiro privê às empresas estatais, um verdadeiro bacanal ao ar livre, atitude nefasta averbada pelo eleitor contribuinte.

 Por que não houve privataria? Simples: qualquer atitude feita para se livrar de um câncer é válida. Não importa se o “como” o câncer foi livrado, pois o importante é que se desfaz da mazela, do agouro, o que propicia saúde para a nação. A empresa Vale, por exemplo, era um câncer, infelizmente. A estrutura da empresa era pesada, penoso, com muitos funcionários fantasmas, muito acordo de apadrinhamento político, conchavo de amiguinhos usurpadores do poder, que asfixiavam o país pelo simples fato da empresa ser mais um fardo do que uma instituição próspera para a nação.

Se a empresa, por exemplo, fosse “doada” para a iniciativa privada, ainda sim os efeitos positivos seriam muito maiores que os negativos, pois a empresa seria livre para produzir pelo sistema capital e geraria do mesmo modo a quantidade absurda de recolhimento de tributos, fazendo desde sempre a salvação do superávit primário do país. Se não houvesse a privatização, não haveria eficiência da empresa, que não recolheria grandes montantes de imposto para o governo, e continuaria com o sistema fracassado do estatismo, perfazendo a mediocridade da nação pelo simples fato da ignorância.

As pessoas não sabem, mas tirando a Vale, a CSN e a Petrobrás, que são instituições pertencentes a um ramo mais complexo, todas as demais empresas estatais fracassaram. Para não ficar prolixo o texto, há de se lembrar que o caminhão Fenemê, por exemplo, era uma aposta de Vargas para o mercado automotivo. O Fenemê evaporou, sumiu, esfumaçou no mercado da mesma maneira que esfumaçava nas subidas dos morros. Era um caminhão ruim, feito por governo ditatorial, a fim de fixar ao povo que a porcaria estatal poderia substituir a qualidade do mercado, do capitalismo.

 O Fenemê, pelo parâmetro estatal da “Fábrica Nacional de Motores”, não se sustentou no mercado mesmo sendo apadrinhado pelo governo. Mas as commodities conseguiram manter-se no mercado, mesmo pela mão do estado, pelo simples fato de ser essencial. Talvez se o governo tivesse privatizado simbolicamente o Fenemê por simples doação, a empresa estaria até hoje operando a marca Fenemê, mas com um padrão de qualidade de mercado capitalista. O Governo simplesmente preferiu fechar tal câncer, e o fez bem. Dos males o menor, pelo menos o governo Vargas foi menos insano que muitos que aí estão atualmente, fazendo ingerência ao erário público.

Agora o Brasil enfrenta a “privêteria” petralha. Privê significa privado, público. Privativo somente aos coleguinhas do partido e popular tão somente aos correligionários vermelhos.  Vem também do francês do significado de íntimo, intimidade só dos pares, diga-se de passagem. Hoje a Petrobrás é exemplo claro da “privêteria” petralha, a empresa está amargando até prejuízos, mas o que mais cresce são cargos de confiança e rendimentos de natureza duvidosa aos coleguinhas do partido vermelho. Para manter a priveteria, Lula tirou do papel um projeto que em 1996 era considerado INVIÁVEL pelo então gestor na época Itamar Franco. O projeto de 1996 em 2010 tornou-se viável da noite para o dia, mas parece que o mercado não acredita muito nisso, por enquanto a operação está se mostrando muito tímida, para não falar outra coisa. Mas enquanto não o torna viável o pré-sal, mesmo assim a empresa continua a vender sucesso a meio o fracasso, mostrando que a empresa ainda é coordenada aos moldes políticos aos de mercado. Vai chegar uma hora que a Petrobrás se tornará um câncer e aí o destino estará traçado, pois o estado mostra a cada dia que é inoperante e ineficiente, e o resultado se dará entre doação simbólica ou privatização tucana.

A privêteria petralha é lastreada pelo aumento do preço da gasolina na bomba de posto e na bandeira utópica da “estatal é nossa”. A estatal é somente do PT, de mais ninguém. O cidadão que arrota que a Petrobrás é dele mal pode entrar na empresa sem ter um olhar estranho pelo segurança da empresa, além de que tem que pagar valor abusivo dos derivados de petróleo porque a empresa vive de lucro, ou seja, o cidadão nem pode adquirir uma porção de gasolina, por exemplo, ao preço de produção, sem lucro e nem imposto. O Contribuinte que paga a orgia feita dentro da estatal, o que é lamentável.

A Petrobrás do PT não se sustentará do jeito que está operando, o fim da empresa se dará de duas formas: Ou da privatização aos moldes da empresa Vale ou do fim da continuidade pelo sistema do Fenemê. Por enquanto o governo faz arranjos pontuais para mascarar a realidade, como a capitalização em 2010 e os desinvestimentos (privatização branca) no ano de 2012. Mas reprisa-se: tudo isso é avalizado pelo eleitor contribuinte. há de se acreditar que o futuro da Petrobrás será igual o da Vale, pois o problema da empresa é a eficiência de mercado capitalista, o que poderá gerar aumento de arrecadação de imposto e deixar do mesmo jeito o governo feliz por muito e muito tempo.

A privêteria petralha é bem mais nociva que a suposta privataria tucana, que se mostrou mais eficiente que o modelo atual de governo, resultado que só o tempo fez o papel de mostrar. Sem falar nas "concessões", o eufemismo de privatização que o PT faz hoje e finge não fazer.

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Baseado no trabalho em http://efeitoorloff.blogspot.com.br.


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