Por: Júlio César Anjos
Jaime Lerner, na época que era governador do Paraná, determinou a isenção
por 20 anos de impostos estaduais para a montadora de veículos Renault e Audi. Tal medida visava incentivar a inserção das multinacionais na região
metropolitana de Curitiba, com o objetivo de criar um pátio automotivo no
Estado.
O ano era de 1999, Jaime Lerner implanta tal astúcia, incentivou e tornou atrativa a instalação de indústrias do setor automotivo no Estado, fez tal
manobra que na época fez um enorme desgaste político. Mas Jaime Lerner
pensava além da política, enxergava o horizonte pelo prisma de arquiteto, de
construidor e não de burocrata, tinha sonhos e tentava realizar, mesmo que
ninguém conseguisse em um primeiro momento visualizar o sonho que Lerner
imaginava.
A esquerda cafona, retrógrada, e fracassada é claro que chorou, reclamou
que uma potencia como as montadoras poderiam pagar impostos, era um ultraje
fomentar o pátio fabril daquele jeito, já que o Estado não ganharia nada por
implantar uma indústria daquele tamanho. “Onde já se viu isentar rico e taxar
os pobres?” Já indagava um esquerdopata semi-analfabeto que só fala o que os
outros sopram nos ouvidos.
Jaime Lerner conhecia o efeito multiplicador. O administrador público
sabia que um banhado sem nenhuma ocupação não tinha valor agregado algum, era
somente um terreno baldio, parado, que não gerava nenhuma riqueza para ninguém.
Jaime Lerner forneceu um banhado e isenção fiscal em troca da instalação da
fábrica em são José
dos pinhais.
Com isso, o banhado deixa de existir, passa a ser um pólo industrial,
mais indústrias fornecedoras das montadoras se instalam, o comercio começa a
aparecer, a vida começa circular na região, o trabalho aparece, o
desenvolvimento também, e a região começa a ficar rica em produção agregada.
Bastou apenas um incentivo fiscal e um banhado para fazer a revolução da
região. Só mesmo uma pessoa que enxerga o futuro teria condições de visualizar
tal situação, somente Jaime Lerner, em troca de desgaste político, poderia
fazer isso.
Ah, as multinacionais continuam isentas, mas pergunte ao comerciante se
ele quer que a empresa vá embora da região? Com certeza não, a empresa trouxe
bem mais que empregos, criou um efeito multiplicador e fez o desenvolvimento
da região como um todo.
Com isso, o estado começou a arrecadar mais com os impostos do comércio e
serviço, além de recolher mais impostos de IPTU, ISS, ICMS e etc. A vida se fez
pelas mãos de um visionário, que não tem o respeito que merece. Obrigado Jaime
lerner!
O trabalho A isenção arrecadatória de Jaime Lerner de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em efeitoorloff.blogspot.com.br.
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