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Outras causas sobre o aborto de anencéfalos


Por: Júlio César Anjos
  
A proposta desse texto não é utilizar da religião para defender a vida, tão pouco utilizar-se de subterfúgios constitucionais, que dão garantias a vida pelas cláusulas pétreas. O objetivo dessas poucas linhas é defender a vida pela razão, a ciência pela ciência.

Os racionais cheios de verdade omitiram a questão financeira e de evolução da própria ciência na questão, ou de fato não sabem para que fim resulte tal decisão abortiva. É notório saber que a ciência tenta buscar a solução dos problemas, aprimora técnicas e tenta melhorar o bem estar social. Cortar pela raiz o incômodo da anencefalia finda também investimentos na área de ciência e tecnologia, como forma de buscar a solução para tal medida.

Até porque se a solução é abortar a missão, porque gastar vela boa com defunto ruim? A ciência agora não só chora pela falta de incentivo monetário, como também sofrerá com negativas de incentivos sociais, já que a própria sociedade, que acatou o aborto da anencefalia, também negativará custeio e até mesmo projetos a serem seguidos em tal direção. Parabéns, a ciência conseguiu regredir em pleno século XXI.

Enquanto o Brasil corta o mal pela raiz, países ricos fazem cirurgias dentro do útero das mães, a fim de salvar o feto que surgiu com algum problema, ou até mesmo com deformação no cérebro. Com isso, há mais investimentos na área de saúde, ciência, tecnologia, que convergem para buscar a solução que até o momento encontra-se sem uma solução definitiva.

Tenho absoluta certeza que o verdadeiro objetivo deste abortismo não é direto, é indireto. Se um governo pena para gastar com investimentos em ciência e tecnologia, a proposta mais fácil a executar é eliminar o processo de estudo, com a muleta do estado Laico.

Em outra esfera, como exemplo através de sofismo, é mais fácil acabar com a floresta inteira, eliminando o bicho barbeiro, e com isso acaba a incidência da doença de chagas, do que achar a cura para tal mazela, não é mesmo? É isso que aconteceu nesse caso, por causa da incompetência da ciência brasileira, a decisão provinciana pesou.

Outro fator determinante para o aceite do aborto se dá através da engenharia social. Tal grupo político quer o aborto geral, mas não tem ainda uma base concreta para proliferar o infanticídio, o aborto e afins. Para incentivar a idéia o engenheiro social sabe que as mudanças devem ser feitas de forma lenta e gradativa, pois se fizer mudança de forma radical, a impopularidade poderá ser eclodida, e os incentivadores não conseguirão o que querem. Então, o aborto de anencefalia é só mais um passo para chegar ao objetivo final, que é o aborto generalizado.

O Brasil está passando por um processo de envelhecimento, é sabida pelas próprias estatísticas do governo tal situação, menos crianças nascem, enquanto a longevidade aumenta à população. Doravante a tudo isso, o judiciário assecla do governo esquerdista libera o aborto de anencefalia. Aí alguém dirá: “ah, mas o anencéfalo não se sustenta após sair do ventre da mãe”, o que é meia verdade, já que, como dito anteriormente, o Brasil não investe em ciência e Tecnologia, corta o mal pela raiz, e isso significa que não avança a vida no país. Portanto, nunca ninguém verá um sucesso científico brasileiro relacionado à vida, abortam-se sonhos.

O aborto será incentivado nas camadas mais pobres a fim de reduzir a incidência do bolsa família, um “investimento” que está arrombando os cofres públicos. Para o governo não aparecer como impopular, utiliza-se dessas soluções políticas para resolver os problemas que o próprio governo fez. E aqueles que mesmo assim forem pobres e queira o filho, a quantidade será pequena e o auxílio deixa de ser um fardo, dando condições para o governo ser demagogo e hipócrita. Marx já dizia no livro O Capital que pobre é mão de obra barata para o capitalista, dando a entender que pobre não pode ter filho.

Alguns psicólogos e pessoas voltadas ao serviço social dizem que uma criança com acefalia pode agravar os problemas daquela família. Um aborto também agrava o psicológico da família, pois após um determinado tempo uma mulher abortista olhará uma criança brincando, mesmo uma deficiente, e com tristeza se indagará que poderia ser o filho dela brincando, vivo. Após o resultado positivo da gravidez, a mulher a partir do momento da geração do bebe já não é mais a mesma e qualquer decisão influenciará psicologicamente na base familiar e na mãe.
  
E, por fim, aumentará em progressão geométrica a ocorrência de anencefalia no Brasil, pois todo mundo que quiser abortar somente precisará de um médico com moralidade questionável e fará o serviço de matar um feto sadio como se tivesse anencefalia. E isso recai na questão do processo de envelhecimento, menos crianças nascerão e as que poderiam nascer saudáveis poderão morrer pelo aborto.

Menos crianças na pirâmide demográfica, menos incentivo – seja social ou financeiro – à ciência e tecnologia, e mais incentivos de abortos num futuro próximo.

A primeira vez na vida que vi tanto a ciência quanto a religião perderem de uma só vez. E como a religião e a ciência fazem parte do nosso cotidiano, todas as pessoas de bem perderam para a engenharia social do aborto.

O governo utilizou-se do ateu, com a desculpa do estado Laico, a serviço do Governo. Qual é a sensação de ter sido usado?

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O trabalho Outras causas sobre o aborto de anencéfalos de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em efeitoorloff.blogspot.com.br.


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