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Segunda Smith - A Origem e o uso do dinheiro

Por: Júlio César Anjos

 Após a concretização da divisão do trabalho, houve uma simbiose (o todo é maior que a soma das partes) que fez um aumento exponencial do trabalho, atingindo escalas cada vez maiores de produção.

Segundo Smith:

Quando a divisão do trabalho estava apenas em seu início, este poder de troca deve ter deparado freqüentemente com grandes empecilhos. Podemos perfeitamente supor que um indivíduo possua uma mercadoria em quantidade superior àquela de que precisa, ao passo que outro tem menos. Conseqüentemente, o primeiro estaria disposto a vender uma parte de seu supérfluo, e o segundo a comprá-la. Todavia, se esta segunda pessoa não possuir nada daquilo que a primeira necessita, não poderá haver nenhuma troca entre as duas.


O aumento de quantidade de produtos pela oferta fez com que os produtores trocassem os manufaturados em quantidades diferentes e a injustiça, ás vezes, prevalecia. A injustiça da troca chegaria a situações inusitadas como trocar um caminhão (sentido figurado) de sal por gado.  Para diminuir a troca entre produtos somente, criou-se o dinheiro como forma de troca de mercadorias.

O dinheiro começou com moedas de ouro. Mas o ouro variava conforme a cotação, então, às vezes, o ouro ficava mais valioso derretido do que em forma de dinheiro. As pessoas derretiam o dinheiro para fazer barras e diminuía a quantidade de Dinheiro de tal povoado, gerando problemas econômicos como deflação, pela escassez da moeda.

Segundo Smith:

O uso de metais nesse estado apresentava dois inconvenientes muito grandes: o da pesagem e o da verificação da autenticidade ou qualidade do metal. Em se tratando dos metais preciosos, em que uma pequena diferença de quantidade representa uma grande diferença no valor, até mesmo o trabalho de pesagem, se tiver que ser feito com a exatidão necessária, requer no mínimo pesos e balanças muito exatos.

Fez-se então a moeda prata. Os comerciantes começaram a cunhar a prata. Mas com a prata existiram outros problemas como falsificação (falta de cunhagem ou a falsificação da cunhagem), desbaste da prata, fazendo a moeda ficar fina e dificuldade de pesagem da moeda.

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