Por: Júlio César Anjos
Em uma pequena cidade o interiorana a comunidade implanta a pena de morte para
assassinos. O prefeito e as pessoas mais poderosas da cidade aguardam o início
da execução, estreando o novo sistema de punição da pequena civilização.
Em uma sala pequena, com um vidro separando outra sala - a que se faz a
execução, os espectadores aguardam a cerimônia formal e prestigia a morte de um
serial killer pego fazendo uma onda de terror na cidade, matando quem via pela frente. Os
policiais confessaram que de uma hora para outra chegou à cidade um rapaz
atormentado, que surtou e começou a matar quem visse
pela frente. O executado acabara de completar 18 anos, a cadeira elétrica é o
presente de aniversário dele. O jovem olha no fundo dos olhos do prefeito da cidade
e, enquanto a descarga elétrica ceifa a vida do detento, os olhos fixos entre
os dois ligam a uma coisa maior, algo que ninguém consegue explicar, um olhar profundo que esfria a todos os assistentes da execução. O prefeito
sente um frio na barriga e acaba o evento de forma rápida e tranqüila. Todos
vão embora.
18 anos depois....
A filha do ex-prefeito, que inaugurou o sistema de pena de morte, está
prestes a fazer 18 anos, muita empolgação e animo de uma confraternização que
está sendo planejada para brindar o aniversário que torna uma menina moça em
mulher adulta.
A menina começa apresentar um comportamento estranho, começou de uma
hora para outra criar animosidades, ficar com raiva, e a agir mais
pelo extinto do que pela razão. Agressividade que não assemelha com o fisco
frágil de uma moça que não faria mal a ninguém, atitudes que não espelham a
moça doce filha do prefeito, um exemplo de pessoa.
A filha do ex-prefeito surta, entra em crise, e sai de casa com muita
raiva, ódio, desagregação.... A menina dorme fora de casa, o pai pede ajuda à polícia para encontrá-la, justamente um dia antes do aniversário da garota.
No dia seguinte a mídia noticia o caos provocado na cidade, após 18 anos
se repete a tragédia, um serial killer ataca novamente a cidadezinha pacifica
de interior.
Os policiais solucionam o problema
fácil de resolver, pois o serial killer é muito agressivo e não ligou em deixar
rastros, o que fez os homens da lei prenderem o criminoso no mesmo dia. Para a surpresa de todos, o assassino é a
filha do ex-prefeito.
Como houve mortes, a filha do ex-prefeito vai a julgamento e é condenada
á cadeira elétrica, justamente o dispositivo que o pai da assassina trouxe para
a cidadezinha tempos atrás. O ex-prefeito nada pode fazer, a menina é julgada, condenada e
vai à execução.
O namorado da condenada chora em prantos, olha uma última vez a namorada que
deixará a vida pela cadeira elétrica. A última lágrima cai na face da menina e, sem piscar, olha firmemente para o namorado, que vê a menina morrer bem aos
olhos dele. O rapaz agora ex-namorado da menina (separado pela morte), um
empresário que vem obtendo sucesso, vai embora triste com o acontecido. O Rapaz
vira pai solteiro, tem um filhinho de 1 aninho de vida, legado deixado pela
moça que morreu na cadeira elétrica.
17 anos depois....
Perto de completar 18 anos, o filho do empresário, da mãe serial killer
condenada á pena de morte, começa a ficar estranho, fica mais raivoso, bravo,
nervoso... A história é a mesma e o rapaz vira serial killer da noite para o
dia, próximo do aniversário e a cidade vê mais um serial killer dentro do território pacífico.
As pessoas começam a ligar o fato das coincidências, todos que morrem
olham uma ultima vez para um espectador, e essa pessoa é olhada pela última vez
pelo condenado, que parece ser afetado por um feitiço, uma magia que faz o
filho (próxima geração), obter um gene que faz o indivíduo ser assassino, um
serial killer.
Muitas pessoas acreditam em feitiço e magia. Já outras pessoas acreditam
em coincidência, mas acatam a decisão de todos, de desativar a cadeira elétrica
e não condenar mais ninguém à pena de morte.
Nunca mais apareceu serial Killer naquela pequena cidade.
Será que existia mesmo um feitiço
ou foi só coincidência? Ninguém sabe, mas ninguém quer pagar para ver. Fica por
isso mesmo.
O trabalho O Feitiço de Júlio César Anjos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em efeitoorloff.blogspot.com.
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