Pular para o conteúdo principal

Assistente Sem Cérebro é Manipulado


Por: Júlio César Anjos
  
Um projeto de cunho social, no Estado do Paraná, está veiculando um trabalho muito bonito e importante, um esforço que seria louvável, se não houvesse interesse por trás de tudo.

Há uma iniciativa chamada Paz Sem Voz é Medo, uma ação do conglomerado GRPCOM (antiga RPC), uma dedicação voltada à conscientização do povo paranaense ao fato da violência recorrente no Brasil inteiro, e, por causa disso, situação crítica que também afeta o Estado do Paraná. O projeto visa orientar as pessoas a denunciar espontaneamente um crime, dando a entender que o problema do aumento da violência se dá pela falta de informação, já que os dados estatísticos parecem não refletir com a verdade da emissora, que está dedicando esforço para tal atividade.

De boa intenção o inferno está cheio. Já disse várias vezes, em outros textos publicados, que a mídia não vende mais jornal, vende omissão ou propagação de determinado assunto, muda a função principal que era informar, por chantagear ou manipular. Os interesses são monetários para satisfazer os desejos do proprietário da emissora e pagar salários de alguns bons profissionais que lá estão. E só.

Eu não sou igual a petralhada que cria teoria da conspiração como PIG (falácia, fábula) e outros métodos não democráticos, atacando, para se defender, das ações da imprensa. Mas vejo a verdade, reflito e exponho para os leitores deste querido blog o que acontece por trás de tudo. Acredito, pelo otimismo, que as pessoas não são tão ignorantes como se imagina e que vão entender que o verdadeiro motivo da RPC não é a proatividade da filantropia, mas o interesse omitido aos olhos dos telespectadores, com objetivo de obter receitas, tão somente.

Para não criar uma falácia que não convence os esclarecidos, destacarei os pontos que me fazem acreditar que o interesse neste assunto pela RPC, embora importante para a sociedade, está demasiada nas ações. A RPC possui espaços para ganhar rendimentos através de propagandas, nestes espaços entre os programas, há muita gente querendo divulgar a marca na maior vitrine da mídia, mas a RPC, insistentemente, pratica as inserções da filantropia ao invés de ganhar receitas com propagandas.

Outra situação que intriga é que todo dia, nos jornais estaduais, aparece pelo menos um minuto sobre a situação causada pela violência (como tema: paz sem voz é medo), dando prioridade a essa ação, deixando de lado outras informações, como se não houvesse mais outras notícias a destacar. Sem falar que estão aparecendo muitos atores com a camisa da campanha, medida adotada para fortalecer ainda mais uma campanha, que se for olhar bem, é de complexidade inferior aos demais problemas que permeia o estado do Paraná.

As curiosidades ficam por conta das prioridades, A RPC quase não mostra os crimes que Bonnie e Clyde das Araucárias (Paulo Bernardo e Gleisi) cometeram (só se informar sobre os contratos assinados e outros problemas ocorridos em Itaipu). Então, quando convém ela, a RPC, fica com medo e cala a voz. Em casa de ferreiro o espeto é de Pau? É o que parece... O que remete mais uma análise, eles podem se calar, mas você telespectador não, você tem por obrigação denunciar, mesmo que tal imprudência seja algo banal, como uma discussão entre vizinhos de varanda.

O assistente, tanto o telespectador quanto o filantropo, sem cérebro cairá na onda deste veículo da mídia com facilidade, porque o assunto é vulnerável a todos, fragiliza os carentes que ficam inertes às mazelas da sociedade. Eu sou amplamente favorável a atacar esse problema, mas acredito que não é desta forma que se começa um “projeto”, ou seja, não é colocando mais lenha na fogueira, somente por interesse, que se mudará algo a médio e a longo prazo. Fico Na indagação até mesmo se a curto prazo há alguma valia nesta ação, certamente tenho as minhas dúvidas.

    Por fim, o assistente aos poucos encaixará o quebra cabeça, com as peças esclarecidas por mim. Primeira peça é o piloto, o início do projeto. Se o projeto vingar na base, então começa a audácia da atividade. Logo após, a segunda peça, as campanhas, algumas pessoas da sociedade irão fazer debates sobre o tema, criando reflexões e teses. Mais à frente, terceira peça, algumas ONGS vão encostar-se ao projeto, mostrando a todos que estão juntos na empreitada. E finalmente, quarta peça, aparecerá o tutor de tudo, um político qualquer que mostrará a cara e dirá a todos que será o capitão do time contra a violência. Estão aí os atores, o palco e a síntese do espetáculo, só não sei, ainda, os pormenores da dedicação que visa o interesse somente da RPC.

Proponho a todos que entrem nesta ação promovida pela RPC, mas fiquem com um pé atrás sobre as ações de manipulação, ou seja, não comunguem com a investida dos debates mais escachados a favor somente de interesses, das ONGs que só aparecem nestes momentos e dos políticos sujos que estão investindo para conturbar o Estado, não dedicando o bem de todos, e nem mesmo visa a melhora do estado porque o interesse individual sobrepõe o coletivo.

As duas verdades:

Paz Sem Voz é Medo
Assistente Sem Cérebro é Manipulado



Comentários