Por: Júlio César anjos
O arrogante não escuta, enxerga, fala ou aprende com ninguém que esteja
abaixo de um possível nível de mensuração que o arrogante determina pela sistema
de medida universal chamada ignorância. É uma questão de imaturidade muito
grande àqueles que são soberbos e perdem a oportunidade de conhecer o
diferente.
O nariz empinado, para cima, impede os olhos enxergarem para baixo, a
menos que faça esforço para que isso aconteça (impossível empinar o nariz e
olhar o pé). Então, cuidado arrogante caso seja um anão social, por exemplo,
porque sua arrogância enxergará somente o quê está acima de você. E, às vezes,
quem é está a cima de você, por ter uma estatura social maior, também não lhe
enxerga, pois também tem um nariz arrebitado para cima, o que torna um
sofrimento do mesmo problema, tomando do mesmo veneno da arrogância que outrora
proporcionou a outrem.
O arrogante tem que ser grande socialmente, altura suficiente para que
não sofra constrangimento, e possuir uma razão, um motivo que pelo menos justifique
tal ação que considere verdadeiro o ato presunçoso. O tamanho da pessoa é
medida pela régua da vida, sistema de mensuração definido pela importância do
indivíduo na sociedade.
Mas há os anões neste sistema de medida. Eles são pequenos porque não possuem
peso na sociedade, nem bagagem de vida e muito menos experiência para obter o
passaporte da arrogância, mas mesmo assim, com as suas medidas pequenas, empina
o nariz para ostentar algo ínfimo, acreditando que está prosperando com a
empreitada.
Essas pessoas baixas acreditam serem melhores que outros indivíduos de
mesma estatura e, o que é paradoxal às vezes, tendem a serem presunçosos até
mesmo com pessoas que estão a um nível acima na sociedade, exceções que chega a
ser engraçado, se verificar tamanha ignorância de vida.
Os grandes, em sua maioria, são mais humildes que os baixos arrogantes
porque o grande sabe que é maior e melhor, já o pequeno precisa fazer esforço
para ser notado, lembrado. Ser humilde é algo fantástico na sociedade, pois o
detentor de poder poderia usufruir da arrogância, mas prefere encostar o queixo
no peito, olhando para baixo, e aceitar que todas as pessoas são iguais perante
o mundo.
O pescoço é o termômetro da mobilidade entre a arrogância e a humildade.
Todos nós temos o pescoço das escolhas, em que podemos forçar o nariz e empinar
pela arrogância plena e/ou podemos também escolher encostar o queixo no peito,
mostrando humilde aos outros indivíduos.
Ninguém é melhor ou pior que ninguém, as sandálias da humildade, uma hora
ou outra, será utilizada àqueles que não podem, mas são arrogantes.
O mundo gira.
A obra A Arrrogância de Júlio César Anjos foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.
Com base na obra disponível em efeitoorloff.blogspot.com.
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