Por: Júlio César anjos
Assim como no jogo de
xadrez as peças sabem sua posição e importância - no qual rei e rainha ficam no meio,
bispo logo ao lado da coroa, cavalos e torres dando suporte ao
sistema, composto por peões em toda parte do jogo -, nos dias atuais também há posicionamento social em que temos políticos, igreja, indústria e setores agregadores da sociedade, e os
eleitores como peças fundamentais da sociedade tabuleiro.
Um partido político
possui um ideal, uma visão que permite enxergar quem são os amigos e quem são
os inimigos para buscar tal objetivo, organizado em peças brancas (oposição) ou peças
negras (situação) no tabuleiro da sociedade, e essa posição ideológica impulsiona a
estratégia a utilizar no jogo do poder, fazendo com que aos olhos do observador
povo haja um vencedor e um derrotado no xeque-mate urna.
As movimentações das peças do tabuleiro sociedade não é tangível, finita e regrada como acontece no jogo de xadrez. As articulações políticas fazem com que as peças avancem e/ou recuem conforme as repercussões e resultados positivos e/ou negativos diante de todos os setores sociais, promovendo embates em vários pontos do limítrofe do tabuleiro. É um jogo de convencimento.
Em uma disputa eleitoral,
o rei é o candidato e a rainha é a coligação, sendo que a rainha se move para
qualquer lugar, enquanto o candidato fica resguardado, com poucos movimentos, das ações para não ferir
a imagem, senão a morte é certa.
Há também a igreja ou as
alas conservadoras que impulsionam ou não votos, essas são as peças bispos
(clero) que ficam ao lado dos reis para ajudarem na vitória da empreitada.
Próximo ao clero está o
cavalo, mais conhecido como os setores da economia (primeiro, segundo e
terceiro setor) e insituições agregadoras, que colaboram mantendo o país
próspero, para mostrar ao povo que tudo vai bem no bolso, e são materializados como
indústria.
Aos flancos estão as
torres, que atacam pelos lados do campo e observam tudo, da mesma forma que a
imprensa age, com a manipulação das informações possa avisar a equipe e também consiga através de fontes sigilosas atacar o inimigo. A torre neste sentido é como a torre de controle de um
aeroporto que tudo observa para manter a ordem.
Por fim, os peões são os
eleitores que, ao estarem na linha de frente, defendem na urna os ideais
partidários e o político que dá a confiança pelo voto.
Mas os reis e rainhas
muitas vezes não gostam dos apoiadores e se obrigam a fazerem laços para
conseguirem o objetivo de manter-se no poder. Deste modo aparecem situações bizarras,
confusas, e que são manipuladas e omitidas de tal forma que escondem a verdade dos
eleitores.
Um exemplo básico que
pode ser citado na útlima eleição é a relação religião e governo petista. O
Governo petista teve apoio do Bispo Edir Macedo, mas ressuscitou projetos de
lei e criou planos que vão contra os interesses dos religiosos cristãos do
país, como PNDH-3 e PL122/2006. Caso claro que os reis do tabuleiro não gostam
dos religiosos, mas tem que se sujeitar a algum bispo para manter o poder. Karl
Marx se debate no caixão ao observar isso.
Outro exemplo é a relação
atual governo (rei e rainha) e os setores da economia (cavalo). Assim como
Getúlio Vargas deslocou a dependência do país que era do primeiro setor para o
segundo setor, o atual governo socialista está desindustrializando o país, já
que se o capitalismo é o espírito das trevas – para o socialista -, a indústria
é o demônio materializado. Mas, novamente, os petistas buscam alguns
capitalistas da indústria para influenciarem o setor, para acalmar os ânimos e
manter-se no comando.
Há também a relação reis
e a torre. A torre é a imprensa e alguns setores da imprensa defendem o governo
petista, mas são poucos. Então para desmerecer a grande mídia que presta um
excelente papel no tabuleiro sociedade, os petistas chamam todos os contrários
aos erros do PT de PIG (partido da imprensa golpista).
Os peões são os eleitores
que defendem todo o sistema através do voto. Alguns peões são sacrificados para
chegar a um objetivo final da mesma forma que se lançam às ruas em forma de
protesto. Mas a maioria dos peões não chegam a esse extremo porque enxergam a
realidade.
O PT quer claramente só obter a relação reis e
peões no tabuleiro sociedade (por isso são de alguma forma comunistas). Todos
que interferem direta ou indiretamente a essa concepção é descartável e
utilizável somente para não perder o mandato (sendo chamados somente na época da
eleição). Sim, setores importantes da sociedade são usados todo dia para que o
PT possa criar a ditadura velada na urna, impedindo que o progresso tenha força. Se o
progresso tiver força, os homens forem virtuosos, racionais, estudiosos e
laboriosos, o PT ruiria num piscar de olhos.
Após a vitória na
eleição, aos que sobreviveram ao embate, o rei (petista) destitui e deixa de
assinar acordos com indivíduos da sociedade (bispos, cavalos e torres) que
outrora se fizeram apoiadores.
José Dirceu é o Player das peças negras do tabuleiro sociedade? Não duvido.
A obra Sociedade Tabuleiro de Júlio César Anjos foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.
Com base na obra disponível em efeitoorloff.blogspot.com.
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