Por: Júlio César Anjos
Os astrólogos dizem que estamos pertos ou em transição à era de Aquarius.
“A época Aquariana será uma era de fraternidade universal baseada na razão onde
será possível solucionar os problemas sociais de maneira equitativa para todos
e com grandiosas oportunidades para o desenvolvimento intelectual e espiritual”
(Wikipédia).
Mas toda era tem a transição, o conflito entre o passado e o futuro,
entre o velho e o novo, entre um conceito e outro, que emana de muitas
batalhas, conflitos e até guerras. A transição emerge de muita filosofia, do eu
interior, e das fórmulas de convencimento que a nova tendência demonstra ser boa
para todo o mundo.
A transição que vivemos entre a era antiga e a nova era de Aquarius tem
um nome: Laissez Faire, que “é parte da expressão em língua francesa ‘Laissez
faire', que significa literalmente ‘deixai fazer', (Wikipedia), ou seja, deixa a
liberação para fazer o que quiser.
Laissez Faire tem a sua gênese na economia liberal, compactuada pelos
pensadores iluministas que acreditavam que a liberdade econômica (através do
liberalismo) tornaria países livres para prosperarem. A ideologia deu certo no
campo econômico, e está sendo aplicada no campo social. E as nações
democráticas e organizadas se deparam hoje com conceitos de liberações de todas
as naturezas e esferas. Tudo indica, então, que a era de Aquarius teve início
uma transição Laissez Faire que começou no século XVIII.
Por isso surgem as seguintes resignações: O sujeito é homossexual e quer
direito civil para casamento? Laissez Faire. Liberação de drogas como a
maconha? Laissez Faire. Direito a portar armas? Laissez Faire. Liberdade para o
mercado internacional? Laissez Faire. Parece até uma anarquia. Mas não é,
porque o direito individual é asfixiado pelo direito coletivo, ou seja, eu, por
exemplo, quero matar alguém, mas a sociedade não me permite satisfazer essa
necessidade (questão de exemplo, leitor, não vá levar ao pé da letra).
Para reforçar as tendências (nova era) não basta só à liberação, é
necessário o convencimento que tal pedido da “sociedade” seja algo que será
melhor para o mundo. Então há desculpas, exemplificações e justificativas das
mais variadas para o convencimento do todo (do objeto defendido). O problema é
a tendência ganhar força e o resultado não for o esperado, mas sim outro resultado
que foi desfavorável a toda sociedade a longo prazo. Seria um erro de a
evolução humana chegar a outro resultado que não seja o sucesso avalizado pelos
defensores que na época de outrora defendiam a causa. O erro ou acerto só será
sentido nas próximas gerações, então Laissez Faire.
A roda de tendências gira conforme a humanidade vai evoluindo. Agora
recorro à história para citar exemplos de aceitação de drogas e homossexualismo
na antiguidade. Alexandre – o grande era bissexual. E havia relatos dos povos
do Egito Antigo, China antiga e Pérsia, sobre utilização normal do consumo de
droga como o ópio pela população da época. Já após o cristianismo, a roda de
tendências gira, e no século XX algumas drogas tornaram-se ilícitas e o
homossexualismo tornou-se imoral.
Segundo Coríntios (10:23): "todas as coisas são lícitas, mas nem
tudo me convém, todas são lícitas, mas nem todas edificam!” Ou pela
exemplificação de Cortella:” Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. As coisas
são erradas ou não pelo ponto de vista da tendência da humanidade em tal época,
ou seja, hoje a roda de tendências aponta para a liberação das escolhas do ser,
novamente, e não de um governo qualquer, por isso tornará lícito ser gay,
maconheiro e portador de arma.
A pergunta correta a fazer, então, não é sobre as conseqüências das
liberações de situações polêmicas, sendo boas ou más, mas as indagações certas
em relação à mudança de uma nova tendência, uma nova era, se a sociedade em um
todo permite a mudança de polarização de conceitos e se a sociedade está pronta
para a mudança que aparece (que surge).
Haverá muita discussão gratuita, muita argumentação vazia e muita
reflexão sobre tudo, porém o que manda mesmo é a tendência de uma nova era que
está cansada do velho e aponta para o novo, mesmo o novo não sendo tão novo
como se imagina. Afinal, liberação de drogas e liberdade sexual já era prática
comum no mundo antigo.
Veremos muita discussão até chegar á conclusão que armas, drogas e
escolha sexual serão liberadas porque é o “novo” e o novo está vindo com força
porque é uma “nova era”.
Era de Aquarius, a era composta pela transição lassez faire, com a junção
das liberdades do mundo antigo e da organização social moderna, a miscelânia
entre erros e acertos desde que o mundo existe, dentro de uma só perspectiva: o
respeito.
A obra Aquarius de Júlio César Anjos foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.
Com base na obra disponível em efeitoorloff.blogspot.com.
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