Por: Júlio César Anjos
A dose controlada, inspecionada e fiscalizada, faz com que haja o melhor rendimento do objeto auferido, ou seja, nem falta e tão pouco exagera, cria a melhor eficácia e eficiência sobre qualquer aspecto da mensuração aplicada.
Um exemplo que pode ser citado é conferido em uma passagem do Príncipe, livro escrito por Maquiavel, sobre a tuberculose. Segundo Maquiavel: “no início o mal é fácil de curar e difícil de diagnosticar. Mas, com o passar do tempo, não tendo sido nem reconhecida nem medicada, torna-se fácil de diagnosticar e difícil de curar”. A posologia deve ser usada na hora e quantidade certa.
Toda causa cria uma conseqüência que pode não surtir efeito ou ser devastadora, dependendo do tempo em que foi aplicada e o tamanho da causa para surtir conseqüência. A teoria do caos é um pequeno evento que, ajudado com outros fatores extraordinários, pode resultar em uma catástrofe inigualável.
Uma dosagem ínfima de medicação é incapaz de surtir efeito ao princípio ativo do remédio, fazendo com que não tenha eficácia na doença que o indivíduo obtém naquele momento. Uma dosagem muito pequena criaria um efeito placebo que teria resultado somente na imaginação do enfermo.
Um protesto ou uma reivindicação deve ser do tamanho adequado ao objeto criticado. Uma pessoa sozinha, com uma faixa, no congresso não obteria resultado algum, já que do outro lado há legisladores que foram colocados lá para representar o povo e uma andorinha não faz verão. Já milhares de pessoas cobrarem uma cabeleireira de bairro, por exemplo, por causa de um corte mal feito em um cliente é um efeito exagerado de cobrança e que não surte o efeito desejado, pois a multidão está gastando tempo a toa, com algo banal.
A vida cobra tudo como se fosse uma balança, sendo asfixiado o escasso e o exagerado. Deve ser por isso que existe uma frase bem conhecida: “Não há mal que sempre dure nem bem que não se acabe”, que define perfeitamente a complexidade do equilíbrio.
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