Por: Júlio César Anjos
Na crença religiosa há um Deus e esse ser onisciente, onipotente e onipresente, ou seja, que sabe tudo, que pode tudo e está em todo o lugar é um ser metafísico que tem poderes sobre todo o universo, a maior força que existe, além do entendimento dos seres pensantes.
Na devoção religiosa há diversas ramificações, dos mais variados pensamentos e com posicionamentos distintos no entendimento do universo, suas ações e reações. Cada religião pende para um entendimento e possui um livro que o segue de forma sagrada. O Torá é o livro sagrado do Judaísmo; O Tripitaka é o livro guia para o budismo; o alcorão é o livro sagrado para o muçulmano; e a bíblia é o livro do cristão.
Cada conjunto de idéias que estes livros proporcionam aos religiosos determina o guia, a bússola que fará o crente se conduzir, a orientação sobre tudo na vida, ou seja, de todos os assuntos ao redor do indivíduo. Com isso surgem a comunhão, a catequização, a evangelização e outras formas de ‘educar’ a sociedade pra que a comunidade e/ou ambiente fique em harmonia, dirigido pelo livro sagrado que ensina.
Mas, afinal, há livre arbítrio ou tudo é destino e já está escrito?
Alguns religiosos pendem para o entendimento que existe um carma, um propósito e que a vida já está traçada, portanto, se uma coisa tem que acontecer, com certeza acontecerá. Já existe um destino, roteiro da vida predeterminado e que nada pode ser feito, como o que aconteceu no filme quem quer ser um milionário.
Já outros devotos acreditam que Deus colocou as pessoas no mundo e deixou para os indivíduos se organizarem do modo que melhor convém, desde que essa organização seja regrada pela escrita sagrada, sendo que quem desobedece as palavras poderá ir para o inferno, em um julgamento pós morte.
Há milagres tanto nos acontecimentos dos destinos - sendo que Deus quis – e também do livre arbítrio porque Deus interveio na situação em que necessitou de ajuda. No caso do destino o livro catequiza para que entenda que não é a culpa do individuo as mazelas que ocorrem a ele, mas porque já está definida a vida da pessoa por algo divino, o Deus. Já no caso do livre arbítrio, o milagre sugere que só em alguns casos Deus intervém para fazer o milagre.
Eu acredito no livre arbítrio e em um julgamento pós morte, mas não por causa das penalidades feitas por regras de livros, mas sim por penalidades cometidas a outrem que são repulsivas em qualquer espécie animal, como, por exemplo, matar sem que seja para comer a caça ou em sistema de defesa, mas só para ter o gosto de matar. Atitudes que não são dignas em lugar algum.
Eu acredito nisso, mas respeito quem tem um entendimento diferente sobre o assunto. Até porque ninguém conseguiu provar nada sobre a existência ou não de Deus.
Livre Arbítrio ou Destino? de Júlio César Anjos é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported. Based on a work at efeitoorloff.blogspot.com.
Comentários
Postar um comentário
Comente aqui: