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A tendência da mídia



              Por: Júlio César Anjos

A informação em tempo real, na palma da mão, em algumas versões diferentes, compilados em diversos softwares, inseridos nos mais variados hardwares; essa será a tendência da mídia.

Os formatos quadrados, empacotados, bairristas, da TV já não cabem mais como ferramenta de atração, segurando o assistente no sofá ou qualquer outro lugar que o sedentário melhor busque para evitar o esgotamento físico. Hoje, a TV possui os canais que se digladiam entre si em canais abertos, além de concorrer com sistemas indiretos como canas fechados, internet e outros entretenimentos que divergem às obrigações e responsabilidades da vida, qualquer diversão é concorrência hoje na mídia.

O objetivo da mídia é um só: roubar o tempo livre do indivíduo para entretê-lo com programas ou grade de programação mais sugestiva ao gosto do telespectador, trabalhos envolvidos em artes que satisfaçam os desejos do assistente, mostrando claramente o posicionamento do gosto do sujeito que está entretido em tal programa. O exemplo é simples: quem gosta de rock tem algumas tendências que não corroboram com as de um sambista, por exemplo.

Na TV nada é de graça, nem mesmo o canal livre ou de TV de sinal aberto. Os pagamentos destas TVs são feitos através das inserções de propaganda inseridos pelos anunciantes que utilizam a programação para estereotipar os cidadãos e assim obter uma maior penetração eficaz da propaganda em seu público alvo. O exemplo mais simples é determinado pelo futebol e as seguidas propagandas de cerveja no momento de exibição do entretenimento, relação perfeitamente correta, pois torcedor de futebol gosta de cerveja.

As propagandas são feitas de forma imperativa, sejam pelas frases de cunho apelativo, seja pelo apelo propriamente dito através de imagens e sons que destacam e objetivam um setor ou um público alvo, além das frases de efeito, os bordões e os posicionamentos: sejam de sexo, credo ou o nível social. A propaganda quer obter o máximo de êxito no público que espera obter em determinado momento, para concretizar as vendas, de um bem qualquer (seja serviço ou produto) através da ferramenta chamada propaganda. A propaganda assinará os cheques da mídia daqui pra frente.

 O tempo, o bem precioso que todos da mídia buscam, faz o cidadão perder tal dádiva que Deus concedeu (para mim, o tempo é uma dádiva de Deus). Tempo no qual o sujeito gasta em bobagens como entretenimentos sedentários que impossibilitam o indivíduo de pensar ou de utilizar o as horas vagas do jeito que melhor queira, ou utilize tal tempo para o crescimento social ou para algo mais útil ao desenvolvimento pessoal. O ser humano fica alienado à mídia e com isso vira escravo das tendências seja de moda, beleza, ideal e etc. O indivíduo perde a plenitude do pensar, aceita tudo o que divulgam e absorve só lixos comerciais.

Voltando ao assunto mídia, o futuro será muito mais dinâmico através destas ferramentas de entretenimento, será muito mais seletivo aos consumidores. Haverá muitos dispositivos ao alcance do cidadão, como acontece com a internet atualmente (a internet é apenas mais uma ferramenta).

A TV a cabo mudará totalmente o sistema de exibição de filmes. O telespectador não precisará mais esperar até domingo às 22:00h para ver a superstreia e nem esperar inserção no PPV, o assistente somente digitará o nome do filme e na hora será feito o download do filme escolhido à disposição para assistir a hora que quiser.

Haverá tantas opções que acabará o bairrismo de forma impositiva, dando lugar aos regionalismos das programações da TV, sendo que os melhores programas atrairão todo mundo, mas os programas regionais ganharão força, dando impulso a novos canais nativos, divulgando tudo o que acontece ao redor do próprio ouvinte. Tudo será mais profissional e mais focado ao público alvo regional.

A internet se fundirá com a TV ou a TV irá migrar para a internet, caso não aconteça isso, uma gigante da TV perderá audiência para blogs ou vlogs em que apenas uma pessoa modela todo o canal de comunicação. A mídia escrita como jornais desaparecerão do sistema impresso e as informações serão contidas através de hardwares conectados a internet.

Esse será o futuro da mídia.

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