Manifestação
da Esquerda: As Ruas Não Pulsam Mais
Deu
no Poder 360 [31/03/25]:
Abram-se aspas.
Ato
de Boulos contra anistia reúne 5.500 pessoas em SP.
O
ato convocado pelo deputado federal do Psol, Guilherme Boulos, neste domingo,
protestou contra a aprovação do projeto de lei que anistia os condenados do 8
de janeiro e pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro”.
Fecham-se aspas.
Realmente,
as esquerdas perderam as ruas. E também não possuem, teoricamente, as redes sociais.
Porque não conseguem mais conquistar os corações e as mentes dos cidadãos ao
ponto de se engajarem espontaneamente em defesa desta vertente política.
A
esquerda virou o centrão de uniforme vermelho.
Ao
estarem cada vez mais perto das benesses oficiais e longe do pulsar das ruas,
este segmento, com seus partidos, virou cartório do poder, em que uma parte da
elite tenta acioná-la para fazer alguma pressão no congresso via apoio popular. O que, por falta de apoio do povo, esta condição
não é mais possível realizar.
O
efeito Lula, como líder populista, acabou. Ao estar décadas incomodando o povo
brasileiro, com as suas mentiras e incompetências políticas, o povo se cansou
deste charlatão que se aproveitou do poder por um bom tempo somente para se
satisfazer, ao invés de entregar resultados para a população.
As
pessoas aderiam às esquerdas por causa das pautas que supostamente eram defendidas
por este nicho ideológico. Combate à corrupção, defesa de direitos humanos
[questão de imigração], defesa do trabalhador, apoio às minorias [mulheres,
negros, PCD e pautas ambientais.
O
Lula e o PT destruíram a esquerda, que não o descartou no tempo em que deveria.
E por isso naufraga junto. O petismo fez as maiores corrupções do Brasil,
defende ditaduras de outros países, faz recordes de desmatamentos, não apoia as
minorias e acha que defender o trabalhador é somente reduzir jornada semanal de
trabalho e fazer empréstimo consignado com juros de agiotagem para roubar o
FGTS do trabalhador.
O
PSOL do Boulos já acha que a esquerda se resume a defender banheiro trans.
As
esquerdas perderam a credibilidade. E não há como resgatá-la com os mesmos
grupos políticos e as mesmas pessoas que fizeram as esquerdas chegarem nesta situação.
É
preciso fazer mudança. E para fazer a mudança é criar o novo e descartar o
velho. Sem isso, a esquerda continuará a minguar, ficando a cada dia menor até
mesmo que o Centrão, em que as pessoas não aparecem às ruas pelos centristas,
mas na hora da votação fazem a escolha e votam no centrismo.
O
público diminuto no ato contra a anistia do 8 de janeiro só mostra que a
esquerda não consegue colocar gente na rua nem em pautas que supostamente são
caras para esta vertente política.
O
fiasco da manifestação de 8 de janeiro teve um público menor do que o colocado
pelo MBL, em 2021, cujo colocou 12 mil pessoas na paulista para tentar criar a
terceira via. O MBL viu que não colocava gente na rua e não fez mais chamamento
público desde então. Já a esquerda acha que 5 mil testemunhas é um público bom.
Não é.
O
erro foi em 2018, quando as esquerdas apoiaram o Haddad, ao invés do Ciro Gomes,
que, naquele momento, poderia reconstruir a esquerda. Agora, o tempo passou. E
até Ciro Gomes beira aos 70 anos, o que faz não ter mais horizonte de poder.
As
esquerdas não possuem horizonte de mudança. E tendem a naufragar com o Lula em
2026. E da pior forma possível, com a economia degringolando.
A
partir do momento em que o Sistema restaurou o ladrão ao poder, as esquerdas,
por sobrevivência, deveriam se afastar no mesmo momento. Mas preferiram
momentaneamente ficar perto das benesses oficias, longe do pulsar das ruas.
As
ruas não pulsam mais.
Fonte:
https://www.poder360.com.br/poder-brasil/ato-de-boulos-contra-anistia-reune-5-500-pessoas-em-sp/
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