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Lula Caixeiro-Viajante a Serviço do Grande Capital

 

Lula Caixeiro-Viajante a Serviço do Grande Capital. Ou: Esse é o patrimonialismo brasileiro.

 


Pra quem não sabe, Lula sempre usou o avião presidencial para fazer uma espécie de bunker para tenebrosas negociações. Quem está no avião, previamente já é confiável, além de ser mais difícil ser grampeado ao falar sobre assuntos não republicanos. Nas alturas, as conversas são as mais impossíveis que se possa imaginar.  

Lula, então, aproveitou a ação da justiça ao tornar o Bolsonaro réu para juntar os apaniguados eu um voo com destino à Ásia, cujo dura mais de 29 horas de translado. Muito conchavo para articular.

Lula venceu a eleição ao ser apoiado pelo lobby dos ambientalistas. Recebeu recursos do Fundo Amazônia. Mas assim que assumiu o poder, liberou o desmata geral para que os pecuaristas coloquem os seus bois nos latifúndios. Deu calote na Europa, principalmente no alemão, ao pegar os recursos para preservação de um lado e fazer a liberação de desmatamento em outro. E, agora, vai à Ásia como caixeiro-viajante vender a carne dos bois produzidos pelo grande capital. Esse é o verdadeiro Lula que a oposição conhece muito bem.

Ao falar em Ásia, a China é a fábrica do mundo, cuja hoje virou o coração do grande capital. A maioria da produção global está localizada nos galpões chineses, em que negociam com o mundo as manufaturas para distribuições globais.

Agora, veja que curioso.

Alguém já viu o Xi Jinping sair da China para visitar outros países para vender produtos chineses para o mundo?

Recentemente, o executivo da BYD veio ao Brasil e se encontrou com o Lula. A mesma coisa fez anos atrás o executivo da Huawei, que veio visitar o presidente para fazer mais aberturas de negócios.

A China, país comandado por um ditador, há a separação entre a política e o capital, em que os políticos fazem as articulações para aberturas de mercado [redigir redução ou isenção de impostos, de barreiras não tarifárias (vigilância sanitária) descontos e linhas de créditos especiais para abertura de negócios], enquanto que os executivos fecham os negócios no final de toda a transação.

Já o Brasil, país supostamente democrático, o presidente vira caixeiro-viajante, faz a abertura de negócios e também fecha a negociação no mesmo momento, mostrando que não há separação entre a política e o capital.

E com isso acaba com a importância do executivo de uma empresa brasileira. Porque o Lula é o executivo.

Prazer, patrimonialismo brasileiro.

Mas mesmo os grandes pecuaristas do Brasil possuindo mais bois do que a população brasileira, essa quantidade não consegue atender a demanda internacional sem que comprometa o consumo interno brasileiro.

Resumindo, enquanto a Ásia irá comprar carne barata do Brasil, por aqui o churrasquinho continuará caro.

Mas o brasileiro pode ficar tranquilo. Porque o aumento da exportação faz crescer o PIB. E com o PIB de voo de galinha, o governo irá convencer que o povo brasileiro está melhor, mesmo não conseguindo fazer compras direito no mercado.

 Quanto ao patrimonialismo brasileiro, faça como o Joesley da Friboi. Compre o político que ele fará tudo para o grande capital, que vai desde fazer desembaraços aduaneiros até mesmo finalizar a venda internacional. Enquanto isso, Joesley sabe que toda vez em que for dormir, ele vai lucrar sempre mais.

Chamam a isso de: desenvolvimentismo. E dizem que é bom para o país.

Para o país não é muito certo, mas, para o político corrupto e o grande capital, isso é um negócio da China.

Talvez, a única crítica da viagem do Lula seja o quanto ele e a janja gastaram para fazer turismo na Ásia. Janja, aliás, que nem deveria ter viajado junto porque o encontro com o imperador do Japão era sobre negócios e não sobre convite diplomático. O que se caracteriza, mais uma vez, o patrimonialismo brasileiro.

 

 

 

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